sexta-feira, 25 de dezembro de 2020
quinta-feira, 24 de dezembro de 2020
terça-feira, 22 de dezembro de 2020
segunda-feira, 21 de dezembro de 2020
Vencendo a Covid após 11 dias na UTI, engenheiro Sílvio Bezerra fala da Fé e da necessidade de se cuidar para evitar a doença
O engenheiro civil Sílvio Bezerra, CEO da Ecocil e presidente do Sindicato dos empresários da construção civil no RN – Sinduscon – está vencendo a Covid.
Sílvio passou 11 dias na UTI e fez um relato dos momentos de angústias longe da família, e da alegria de poder voltar a sentir a presença da mulher ao seu lado.
Foram dias em casa, temporada de UTI, medicação trocada três vezes
O texto abaixo é de Sílvio.
Um recado para os amigos e para os que não são, que a Fé é o instrumento mais forte para o equilíbrio da vida e a distância de tudo o que não faz bem.
Sílvio pegou Covid em um aniversário de um amigo onde só tinha amigos…
Não foi em um show, um espaço público, sequer pagou ingresso.
O recado de Sílvio é forte. E a Fé foi fundamental para que ele atravessasse o rio e escrevesse o que você poderá ler agora.
Meus amigos
Há cerca de 10 meses Melíssa, minha esposa, me chamou para participar de um grupo de orações, via internet.
Ela havia descoberto, antes de mim, a importância de se ter espiritualidade nas nossas vidas, de aprender a falar com Deus na intimidade, através das orações.
E queria dividir comigo esse conhecimento.
Até então, eu só sabia rezar o Pai Nosso e a Ave Maria. Rezar o terço diariamente passou a ser parte da minha rotina de aprendizado espiritual. Fizemos isso quase que diariamente.
Virei devoto de São Miguel Arcanjo e de São Bento.
A segunda onda da pandemia explodiu e assim como a maioria das pessoas sensatas, estávamos tendo todo o cuidado possível para não adoecer da Covid, recusando sair para lugares de risco e tornando as precauções recomendadas.
No último dia 18 de novembro fomos convidados para a festa de aniversário de um grande amigo. Não resistimos e fomos. No dia seguinte Melíssa já amanheceu baqueada e três dias depois eu comecei com os sintomas da Covid.
Começamos o tratamento médico. Ela reagiu bem e não sofreu tanto.
Eu, passados 12 dias, não estava conseguindo me curar. Tive que dar entrada no hospital para tomar medicação na veia, pois já tinha tornado todas as Ivermectinas, Azítromicinas e Cloroquinas dos protocolos médicos, que não surtiram efeito em mim.
Falei com meu amigo Tarcísio Barros sobre a possibilidade de ser internado no Hospital São Lucas, mas não havia vaga.
Ele falou com Dr. Nelson Solano e este me mandou ir para o Hospital do Coração. Era quinta feira dia 3/12.
Ao ser examinado, fui informado que teria que ficar internado na UTI do hospital. Não sei se vocês estão familiarizados com o protocolo, mas me tomaram tudo! Tiraram meu celular, tablet, relógio, corrente com crucifixo, aliança, roupas, tudo! As únicas coisas que me deixaram ficar foi uma pulseira de São Bento, que tenho no braço, e um terço de borracha que carrego no peito.
Também fui informado que minha mulher não poderia me acompanhar, mesmo ela já tendo tido a Covid. Fiquei sozinho 11 dias na UTI! Minha formação de engenheiro sempre me fez ser racional e disciplinado. Até então não havia questionado o médico sobre qualquer das regras protocolares, concordei com todas, pois entrei pensando que com dois ou três dias logo ficaria curado, pois estaria tornando a medicação díreto na veia e achava que minha recuperação seria rápida. Não foi o que ocorreu!
Fui imediatamente apresentado ao pior exame que já fiz na minha vida. A famosa gasometria arterial. A agulha entra no pulso do paciente em busca de encontrar o sangue da artéria que corre no meio do nosso punho. Imaginem como é agradável essa procura!
Ao longo dos dias na UTI fiz mais de 15 vezes o mesmo exame. Minha vontade de ficar bom era tanta, que raciocinei e trabalhei minha mente para não sentir dor na picada da agulha, deu certo em 99% dos casos. A exceção se deu quando fui surpreendido às duas horas da manhã com a picada da agulha durante meu sono. Tomei um susto violento e reclamei por não ter sido acordado e preparado para fazer o exame.
Na primeira noite fui apresentado à famosa comida de hospital. Eu tinha duas opções: comer ou não comer. Não tive dúvida, pensei comigo mesmo: Quantas pessoas estão na minha situação e não estão tendo a oportunidade de comer aquilo que me foi servido, mesmo sendo gelado e ruim.
Eu não estou num restaurante!
Eu estou num hospital, e portanto se me foi servido aquilo, certamente é porque deve ser bom pra mim . Vou comer o que vier, preciso me nutrir e ajudar meu corpo a reagir. E assim foi!
A comida era gelada e ruim, mas eu havia decidido engolir o que viesse pra poder vencer a briga! Mesmo comendo tudo que me foi servido, emagreci 10kg em uma semana de UTI, para vocês sentirem a violência do vírus.
Durante o dia passava a maior parte do meu tempo rezando e pedindo a Deus para me curar. A outra parte do tempo dando uns cochilos e fazendo exames e tomando os medicamentos.
Os dias foram passando e esse meu jeito expansivo e extrovertido logo me permitiu construir amizades com alguns dos enfermeiros e enfermeiras da UTI.
Por coincidência ou não do destino, encontrei na UTI em que eu estava uma enfermeira, que fazia parte do mesmo grupo de orações que Melissa havia me apresentado em março passado.
Wilma (ela gosta de ser chamada Uílma) Ela viu minha angústia e meu desespero e veio falar comigo. Imediatamente nos identificamos, rimos e celebramos esse encontro. Eu agora tinha dentro da UTI uma amiga de Fé!
Minha mulher, que até então, passada quase uma semana, não havia conseguido me visitar, passou a ter através dela notícias minhas. E eu dela!
Melissa passava o dia orando na capela do hospital e brigando para deixarem ela me visitar.
Até hoje fiquei sem entender qual o mal que ela poderia me fazer se lhe fosse permitido 15 minutos por dia pra me ver. Ela já tinha tido a Covid, portanto não corria risco algum. Afastar um doente da sua família por 10 dias sem lhe dar direito a um contato sequer, é devastador para a cabeça de ambos. O meu quadro foi piorando, os medicamentos foram trocados mais uma vez na tentativa de fazer meu corpo reagir à doença.
Fui surpreendido com alucinações como efeitos colaterais, e eu não entendia do que se tratava. Por volta das duas da manhã eu sem conseguir dormir, pois a tosse não dava trégua.
Comecei a perder a noção de onde estava, não entendia o que estava fazendo ali, olhava pra os meus braços e via um monte de agulhas espetadas neles, chegou uma hora que eu tentei sair da cama, aí vieram meus amigos enfermeiros me socorrer e me acalmar. Eu chorava e pedia a Deus para ficar!
Eu implorei a Deus dizendo que eu tinha seis filhos para criar e que continuava cheio de planos para viver. E o principal, que eu queria muito viver, se ele assim permitisse! Eu estava muito confuso e não entendia o que estava vendo. Rezei muito a oração de São Bento, (A Cruz Sagrada seja minha Luz, não seja o dragão meu guia, retira-te satanás, nunca me aconselhe coisas vãs, se é mal que tu me ofereces, bebe tu mesmo o teu veneno! Amém!) e também aquela que diz ‘eu, Sílvio Bezerra, em nome de Jesus Cristo te proíbo de tocar em mim e em minha família’.
Eu pedi muito a Deus que afastasse de mim todo tipo de coisa ruim que pudesse estar ali. Depois de rezar por horas, e por inúmeras e repetidas vezes, consegui me sentir seguro, me acalmar, e até dormir um pouco.
O dia amanheceu e meu médico veio me ver. Eu narrei todo o meu pesadelo vivido na noite anterior e disse para ele que se minha mulher não entrasse na UTI por quinze minutos, eu não suportaria mais a solidão e o peso do tratamento.
Eu disse que entendia ter ficado sem contato com o mundo, para não absorver as notícias ruins do día-a-día, mas não dava mais para fícar sem o carinho o abraço de minha mulher. Ele decidiu aceitar meu argumento e deixou Melíssa entrar na UTI. Tenho certeza que a alegria que ela me trouxe foi um divisor de águas no meu tratamento.
Passamos a rezar juntos!
Melissa passava praticamente o dia todo na UTI. Só saía à noite para dormir em casa. Recebi de volta o meu tablet com a promessa de usá-lo apenas para ouvir músicas.
Desse dia para frente as coisas mudaram completamente, meu humor mudou! A depressão foi embora, e o remédio começou a fazer efeito!
A equipe médica mudou o medicamento mais uma vez pra evitar as alucinações.
Transformei totalmente o astral do lugar aonde estava. Passei a tocar música o tempo todo para me animar. As piores rotinas da UTI passaram a ser executadas sob o som de músicas animadas. Criei até uma playlist do Spotify chamada “músicas para UTI”, pra compartilhar com quem está hospitalizado e precisando melhorar o astral.
Finalmente, na sexta passada dia 11/12, tive alta da UTI. Me mandaram pra semiUTI para desmamar do oxigênio e poder ir pra casa.
Hoje, 17/12, estou na expectativa de receber alta amanhã, pois já não estou precisando de oxígênío para respirar. Agradeço a Deus por ter atendido aos meus pedidos e ter me deixado aqui para testemunhar a força da minha Fé, que foi fundamental pra eu chegar aqui hoje.
Agradeço também aos meus médicos Dr. Sérvulo, Dr. Aretto, Dra. Manoela, Dr. Wallid, Dr. Luís, Dra. Angela e a todos os enfermeiros, enfermeiras e físíoterapeutas nas pessoas de Wílma e Naldo, que cuidaram de mim quando mais precisei.
Agradeço também aos Amigos Tarcísio Barras e Nelson Solano por tudo que fízeram por mim. Agradeço a minha mulher pela dedicação e insistência em cuidar de mim pessoalmente, fato que sem dúvida nenhuma fez uma diferença brutal na minha virada.
Melíssa me falou que eu fui preparado inconscientemente ao longo desses 10 meses de orações para enfrentar o que eu enfrentei e poder testemunhar aqui minha história vivida! Eu estou certo disso!
Confesso que uma das maiores emoções sentidas quando estava na UTI, foi quando ouvi meu nome sendo citado pelo grupo de orações pedindo minha cura. Esse grupo de orações possui mais de l milhão de seguidores, é liderado por um cearense do Crato, chamado Geraldinho, que transmite diariamente pelo Instagram e pelo YouTube suas orações pedindo graças a todos que lhe procuram.
Um cara do bem! Ali, mais do que nunca, me senti um membro de verdade do grupo! Um protegido de Deus, de São Miguel Arcanjo e de todos os santos!
Resolvi dar esse testemunho como forma de mostrar para todos, o drama que eu vivi, e os riscos enormes que esse vírus carrega.
Espero que ninguém precise passar pelo que eu passei. O vírus que peguei era muito forte! Não é à toa que muitos conhecidos nossos não resistiram.
Cumpram os protocolos de segurança! A Covíd-19 não brinca.
Se cuidem!
Por fim o meu agradecimento mais especial de todos, ao meu amigo meu irmão, Maurício Arruda, que me visitou todos os dias na UTI, não deixou de ir um dia sequer. Jamais esquecerei esse seu gesto de amizade.
Beijos e abraços a todos que rezaram por mim durante esses dias de aperto que passei.
Sinto que saio dessa doença mais forte do que nunca !
Vamos viver um 2021 de muitas alegrias e felicidades!
Silvio
sexta-feira, 18 de dezembro de 2020
ANDREZZA BRASIL É DIPLOMADA PREFEITA DE SÍTIO NOVO
“Hoje encerrou a última etapa do processo eleitoral. A nossa diplomação significa o resultado de todos os que acreditaram em nossas ideias, projetos e soluções para solucionar os problemas enfrentados em nosso município. A palavra de ordem é trabalho, trabalho e trabalho. Venceremos todas as adversidades e construiremos um município mais forte para todos!” afirmou a prefeita eleita.